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História

O regime republicano legislou no sentido de criar Arquivos Distritais para custodiar sobretudo a documentação eclesiástica, confiscada após a Revolução de 1910. Foi na sequência dessa legislação que, em 29 de novembro de 1916, Bernardino Machado decretou a criação da Biblioteca Pública de Bragança, com um Arquivo Distrital anexo (Decreto n.º 2858 – a Biblioteca seria considerada para todos os efeitos legais, incluída na alínea I do artº 3º do Dec. Lei de 18 de março de 1911). Destinavam-se ambos a incorporar os importantes núcleos de espécies manuscritas e impressas existentes na região, na sequência da vasta legislação cultural dos primeiros anos da República, cujo ideário engrandecia a missão das bibliotecas de que dependia o futuro e dava um papel de importância decisiva aos Arquivos dos quais dependia o passado.
O Decreto n.º 46350, de 22 de maio de 1965, unificou as duas instituições, mas não lhe deu vida. Continuaram enclausurados os livros e documentos no Museu Abade de Baçal desde a jubilação do seu diretor, Francisco Manuel Alves (1935).

Entretanto, algo foi mudando. A Direção Geral do Património do Estado cedeu ao Instituto Português do Património Cultural o antigo Convento de S. Francisco para novas instalações. Aqui começou a funcionar a Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Bragança com a posse dada ao então Diretor, Dr. Belarmino Augusto Afonso, a 26 de agosto de 1985.
Porque obras de consolidação e adaptação urgiam, foi necessário encontrar instalações provisórias num bairro da antiga Quinta da Trajinha, onde permanece durante 12 anos.

Pelo Decreto – Lei nº 60/97, Art.º 32, de 20 de março, são extintos os serviços de biblioteca do Arquivo de Bragança, passando a designar-se Arquivo Distrital de Bragança.

Depois de terem sido efetuadas grandes obras de restauro e adaptação do edifico do Convento de Francisco, a 6 de março de 1999, os investigadores e a própria cidade de Bragança reencontram o Arquivo como instituição cultural insubstituível para a história da região. Ao valor histórico do edifício associam-se as excelentes condições técnicas de arquivo que o espaço reúne.

Como instituição, como espaço físico e como edifício é uma marca viva do passado e um dos mais significativos e simbólicos monumentos da comunidade.

Última Actualização: 23 de Outubro de 2016