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Notícias

2 de Julho de 2020

Fragmento de decretos promulgados pelo Concílio de Toledo de 683 [cópia do séc. X.]

 

 PT/ADBGC/FAM/CSPVFL/260

O documento do mês de junho celebra o Dia Internacional dos Arquivos que se comemora no dia 09 de junho.

O Dia Internacional dos Arquivos foi instituído pela Assembleia Geral do CIA – Conselho Internacional de Arquivos, realizada no Québec, em novembro de 2007. Foi escolhida esta data, por ter sido precisamente a 9 de junho de 1948 que a UNESCO criou o CIA – Conselho Internacional de Arquivos.

O objetivo da criação do Dia Internacional de Arquivos é proporcionar condições para que se desenvolvam ações de promoção e divulgação da causa dos arquivos em todo o mundo. O aparecimento dos Estados Modernos e dos Arquivos Nacionais, a evolução dos serviços  administrativos, após a Segunda Guerra Mundial e, finalmente, o desenvolvimento da ciência arquivística favoreceu a utilização dos documentos de arquivos, tornando-se numa prática frequente, pelos diferentes utilizadores, com destaque para os investigadores, professores e estudantes, e comunidade em geral. Hoje, o homem sente cada vez mais a necessidade de aceder à informação contida nos

documentos, ou seja, nos arquivos como espaço vivo. Apesar disso, nem todos têm conhecimento, sobre a origem e a evolução dos arquivos ou dos documentos de arquivo no mundo e a sua inerente importância.

O conceito arquivo admite várias aceções, das quais destacamos as três principais: Conjunto orgânico de documentos, produzidos ou recebidos por uma pessoa jurídica, ou por um organismo público ou privado, no exercício da sua atividade e conservados a título de prova ou informação, serviço ou instituição responsável pela aquisição, conservação, organização e comunicação dos documentos de arquivo, depósito (edifício, espaço físico/instalações ou lugar), destinado à conservação dos documentos e/ou arquivos. Assim, o arquivo é o local, onde se salvaguardam e se conservam, devidamente acautelados, classificados e ordenados, todos os documentos de interesse para a vida de um país, de uma instituição, de uma empresa ou mesmo de um indivíduo”.

Os arquivos são extremamente importantes, pois, constituem a memória de uma nação, de uma instituição ou de uma pessoa. São instrumentos importantes para a preservação e valorização do património histórico e cultural da nação, da comunidade, de um povo, e contribuem para fundamentar a tomada de decisões, para comprovar os direitos dos cidadãos. Os arquivos conservam informações relevantes sobre temáticas de interesse científico-histórico, assim como informações de valor administrativo, político e cultural, podendo contribuir para a reconstituição da memória coletiva. Os documentos de arquivo ajudam a comprovar a legalidade e transparência das ações institucionais, públicas como privadas. Os arquivos contribuem para assegurar a eficiência, da economia e da legalidade das instituições e da preservação da memória como um ato de autoconsciência, universal e transversal.

Neste momento singular, e universal de grande regozijo para todos nós, o documento do mês enaltece, quer pela sua riqueza histórica e de cariz estético, inerente à iluminura do documento mais antigo, doado pela família São Payo, o Excerto dos Decretos do Concílio de Toledo de 638, século X,  custodiado pelo Arquivo Distrital de Bragança.

Neste dia glorioso, resta-nos palavras singelas e de grande fulgor em torno dos Arquivos e a sua subjacente importância para a memória coletiva da humanidade, como prova de resistência, identidade, memória, património, resiliência, afeto, cultura, arte, sentimento, conhecimento, gestão, governança, história, pertença, civilização, intemporalidade…

 

 

 

Esta notícia foi publicada em 2 de Julho de 2020 e foi arquivada em: Arquivo.