19 de Fevereiro de 2019
Mostra Documental “A Génese da Memória”
No âmbito da efeméride dos 555 anos de elevação de Bragança a Cidade, o Arquivo Distrital de Bragança e a Associação “Amigos do Arquivo” associam-se no dia 20 de fevereiro de 2019 à solenização deste evento, com a Mostra Documental ” A Génese da Memória”, patente na sala de leitura entre 20 de fevereiro a 29 de março de 2019, constituída por um conjunto de livros da Administração Local e Pergaminhos do Arquivo; permitindo assim, fazer uma abordagem de pendor histórico e apresentar uma perspetiva de caráter abrangente desde tempos medievais até à contemporaneidade, onde conviviam muitas entidades e faziam-se sentir diversos níveis de poder. Desde logo, o rei e os seus oficiais, o julgado e comarca, o concelho e a comuna, o senhorio da casa de Bragança, o arcebispado de Braga, o mosteiro de Castro de Avelãs. Toda essa diversidade impele-nos a termos uma imagem do que era a vida brigantina desde tempos medievais até à contemporaneidade através das leituras que os Livros e Pergaminhos emanam. Bragança nasce da História “usuária” de documentos que visam mapear, caracterizar e dimensionar “A Génese da Memória”. No ano de 1187 o Rei Dom Sancho I concedeu-lhe a carta de foral e no ano de 1199 libertou-a do cerco que lhe impusera o Rei Affonso IX de Leão, passando assim oficialmente a ser chamada de Bragança. D. Affonso III renova a carta de foro em maio de 1253. No ano de 1442 o regente Dom Pedro elevou Bragança a cabeça de ducado concedido ao seu irmão ilegítimo, Dom Afonso, 8º Conde de Barcelos. No ano de 1455 Bragança recebeu uma feira franca e no ano de 1464 foi oficialmente elevada à categoria de Cidade através do Rei Dom Afonso V. Mais tarde a 11 de novembro de 1514 foi dado o Foral de Bragança por D. Manoel. Eis-nos, perante “a necessidade de perceber o documento como uma construção, como um “produto da sociedade que o fabricou segundo suas relações de forças que aí detinham poder”, sendo então necessário compreender, não apenas como um documento, mas sim como um monumento (Jacques Le Goff ).