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Notícias

9 de Junho de 2021

Dia Internacional dos Arquivos – Da Paisagem aos Cenários Urbanos – Evento online

No âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, entre 01 de janeiro e 30 de junho de 2021, o Arquivo Distrital de Bragança, apresenta o evento online “Paisagens e Cenários Urbanos”- O programa Polis na Requalificação Urbana e Ambiental-, a partir de um conjunto de fotografias de Carlos Fotógrafo, integradas no “Programa Polis” do qual a cidade de Bragança acolheu e cumpriu. Este programa, foi criado através da Resolução do Conselho de Ministros nº. 26/2000 de 14 de Maio, tendo como objetivo principal requalificar as cidades portuguesas de modo, a melhorar a qualidade de vida nas cidades, através de intervenções urbanísticas e ambientais, com base em parcerias entre o Estado (60%) e as Câmaras Municipais (40%), “melhorando a atratividade e competitividade de pólos urbanos que têm um papel relevante na estruturação do sistema urbano nacional” (SIMÕES, 2002). Assim, o olhar hiper realista de Carlos fotógrafo percorre as transformações ambientais e urbanísticas que a cidade vai sofrendo, na relação passado e presente, numa transfiguração entre o caos e a ordem, como de um filme documentário se tratasse, num compromisso inequívoco da exploração da realidade. “A intervenção do Programa Polis na Cidade de Bragança abrangeu uma área de aproximadamente 45 hectares, compreendendo as margens do Rio Fervença e a zona histórica da cidade. As áreas de intervenção na cidade de Bragança foram: Margens do Rio Fervença, a intervenção nas margens do Rio Fervença passaram pela criação de um Corredor Verde, ou seja, a construção de um passeio pedonal ao longo da margem direita do rio, recuperação dos caminhos e fontes existentes e também na construção de alguns pontos de atravessamento, zonas verdes, zonas de estadia, de recreio e lazer ao longo do rio, concretizando-se um contínuo verde pedonal. Existiu uma perfeita conciliação na utilização urbana com o respeito pela sensibilidade ecológica da paisagem e a valorização ambiental da envolvente do rio. Aproveitou-se para ligar todos os esgotos que ainda terminavam diretamente no rio para liga-los ao coletor geral. Foi recuperada e pavimentada a ligação entre a ponte de Além do Rio e a Capela do Senhor da Piedade, e onde foram tratadas paisagísticamente as encostas que ladeiam o rio, predominantemente na margem esquerda. A revitalização do Centro Histórico passou pela melhoria da qualidade dos espaços públicos e das infraestruturas, nomeadamente água, esgotos, pluviais, eletricidade, telecomunicações, gás e televisão. A requalificação do espaço público passou por intervenções de valorização do Centro Histórico através da construção de um parque de estacionamento subterrâneo no antigo mercado com capacidade para aproximadamente 200 lugares e ainda, à superfície foi construída uma praça pedonal ampla e polivalente, onde os elementos decorativos são os efeitos de água, onde é possível usufruir da animação da praça. Foram mantidas as fachadas dos edifícios existentes, no topo da atual praça (Praça Camões), como elementos de valorização do espaço. Esta praça veio colmatar a ausência de espaço público na zona histórica, com a constituição de zonas de restauração e comércio. Criou-se um parque de estacionamento a nascente da Cidadela, que foi integrado na paisagem existente e complementado com um parque de merendas. Pretendeu-se assim, evitar o estacionamento automóvel no interior da Cidadela e consequentemente reduzir o trânsito automóvel. Na envolvente deste último parque, a encosta do Castelo, foi requalificada e valorizada a zona verde natural…”. Edgar Joaquim Pita do Nascimento, Sandra Cristina Resende Conde in AS CIDADES IBÉRICAS ENTRE O MARKETING E O BEM- ESTAR.

Este tratado visual, da urbanidade e ambientalidade e mobiliário no tempo e espaço, assumem nas fotografias de Carlos Fotógrafo, uma argumento de um filme realista de grande preciosidade, para a tomada de consciência face ás questões: Quem somos? Para onde vamos? Que Europa queremos? …como se fossem um guia da existência, em suma da realidade que habitamos.

As fotografias impelem-nos inevitavelmente, para a tomada de consciência coletiva e cívica, sendo uma sinalética intermitente da nossa memória.

 

(Proibida cópia, reprodução total ou parcial das fotografias)

O Arquivo Distrital de Bragança agradece ao CARLOS FOTOGRAFO que gentilmente cedeu as fotografias para a realização deste evento.

Esta notícia foi publicada em 9 de Junho de 2021 e foi arquivada em: Sem categoria.