1 de Abril de 2024
Documento do mês de abril 2024 – 25 DE ABRIL – ONTEM, HOJE E AMANHÃ
O documento do mês de abril, destaca e celebra os 50 anos de Liberdade, a partir notícias da imprensa local da época, da região de Bragança, numa apologia à memória coletiva que renasce no tempo e dele se constrói.
No dia 25 de abril de 1974, a sociedade portuguesa terminava um capítulo da sua História com um glorioso “Adeus” a uma ditadura de 48 anos, sob o comando de António de Oliveira Salazar. Na altura do golpe, desencadeado por militares, o apoio popular foi tamanho que os comandantes da operação não puderam conter a euforia multicolor que invadiu as ruas de Lisboa. As pessoas tomavam as praças no seu imenso esplendor, vaiavam as reduzidas forças militares governistas, ofereciam apoio e alimentos aos revoltosos numa gratidão de solidariedade, e festejavam a perspetiva de liberdade face ao obscurantismo, empunhando cravos ao invés de armas.
A manifestação ficou assim conhecida como a “Revolução dos Cravos” neste ato mágico e libertador. A sua mais célebre imagem retrata uma criança colocando uma dessas flores, muito comuns na primavera portuguesa, no cano de um fuzil. O ícone presente no plano histórico da realidade.
O poema florido libertador realizava-se no texto da realidade, num trajeto projetado no horizonte do futuro.
A revolução depressa se ramificou por todo o país, tomando em cada região as suas próprias caraterísticas, tendo como fim único e objetivo comum o “terminus” da ditadura e congratular a chegada da Liberdade
Passados esses anos todos, e no decorrer da fluidez dos seus aniversários, a questão colocada às novas gerações (portuguesas ou não) está ligada a compreensão dos acontecimentos da época e o que os teria justificado numa consciencialização permanente ávida de memória tangível. Por outro lado, há o inerente respeito à importância histórica da data e suas consequências para o país, a Europa e mundo, atual e globalizado face aos populismos e fascismos que assolam o mundo.
Sejamos astutos, atentos, conscientes do passado que é presente e futuro renovado na realidade, numa dialética permanente na práxis quotidiana, onde impera luz na Razão lúcida e sagaz.
Viva o 25 de Abril sempre!